Por que a análise do solo é importante para o sucesso de um negócio?
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Um país tropical, como o Brasil, facilmente apresenta situações climáticas capazes de induzir a lavoura a uma condição de estresse térmico. Temperaturas muito elevadas podem trazer dificuldades para as plantas e as respostas dadas pelo próprio organismo vegetal consomem a energia que seria empregada na produção.
Então, é preciso conhecer os seus efeitos e tomar alguns cuidados que reduzam as ocorrências dessa natureza. Em especial, é importante atentar para garantir que não haja falta de água ao mesmo tempo.
Continue a leitura e descubra qual o impacto do estresse térmico nas plantações.
O estresse térmico é a condição fisiológica induzida nas plantas quando estão submetidas a temperaturas excessivas. Seus efeitos são negativos no que se refere à produção, com perdas significativas, e se intensificam na presença concomitante de déficit hídrico. Considere a seguinte relação:
temperatura foliar alta + déficit hídrico = estresse térmico
Culturas importantes e extensivas, como a da soja, podem ser severamente atingidas ao experimentarem situações de estresse térmico. Juntamente ao estresse hídrico provocado por longas estiagens, isso pode ser muito danoso para a produção.
A incidência de temperaturas elevadas, mesmo durante a noite, provoca uma maior intensidade da respiração das plantas. Quando a planta respira mais intensamente, ocorre uma maior perda de reservas (carboidratos) que constituiriam a produção.
Assim, quando submetida ao estresse térmico continuado, a planta sofre redução em seu crescimento. Em casos mais intensos, até a interrupção do processo de fotossíntese, principal gerador de energia e de reservas para a planta, pode ser observada.
Por sua vez, um aspecto diretamente relacionado ao estresse térmico e responsável pela queda drástica da produção é o aborto sofrido pelos botões florais. Temperaturas muito elevadas provocam a queda dos botões que formariam as flores e, consequentemente, os frutos da lavoura.
Outro dano provocado pelo estresse térmico é o aumento da suscetibilidade das plantas às doenças, pois os seus mecanismos naturais de resistência são diminuídos. Além disso, de maneira geral, temperaturas elevadas aceleram os processos metabólicos do patógeno, aumentando a sua disseminação.
As medidas mais importantes para amenizar possíveis situações futuras de estresse térmico devem ser tomadas ainda antes do plantio. Essas iniciativas dizem respeito à recuperação de solos cujas camadas subsuperficiais se encontram compactadas e à manutenção da disponibilidade de água.
Os solos compactados dificultam o desenvolvimento aprofundado das raízes. Com isso, a planta apresenta dificuldades para se manter em condições hídricas normais e, na ocorrência de temperaturas elevadas, facilmente se encaminha para o murchamento.
O uso de cobertura morta, assim como a incorporação de matéria orgânica, refresca o solo e reduz o atingimento de uma condição de estresse térmico. Por sua vez, também o emprego de aminoácidos, como nutrientes, tem apresentado efeitos positivos, auxiliando a planta na construção de mecanismos morfofisiológicos de proteção contra o estresse térmico.
Como se viu, a ocorrência de estresse térmico na lavoura pode induzir a perdas significativas na produção, que serão cada vez maiores conforme a menor disponibilidade de água para as plantas.
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