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Degradação do solo: descubra quais as principais causas

 
 
 
6 minutos para ler
 
 

A degradação do solo resulta no declínio da fertilidade; mudanças na alcalinidade, acidez ou salinidade; enxurradas extremas; erosão e deterioração das condições estruturais do solo.

Neste artigo, você vai entender melhor o que são essas perdas do solo e suas consequências na agricultura, conhecerá algumas das principais causas do problema e aprenderá o que deve ser feito para evitá-la ou corrigi-la. Acompanhe a leitura!

 

 

Quais são as consequências da degradação do solo para a agricultura?

 

A degradação do solo se traduz por uma redução dos seus atributos físicos, biológicos e químicos que dão suporte à atividade agrícola. Assim, danos à estrutura, à biodiversidade (microfauna e microflora) e à fertilidade do solo resultam em milhares de hectares perdidos em todo o mundo para a erosão, a contaminação e a poluição.

 

O declínio na qualidade do solo pelo uso excessivo e impreciso de fertilizantes químicos gera um aumento da necessidade por cultivar em novas terras, ou ainda pior, por demandar o uso de mais corretivos agrícolas.

 

 

Quais são as principais causas desse problema?

 

As causas podem variar de acordo com a região rural, as práticas agrícolas utilizadas e a cultura implantada. Na atividade agrícola, destacam-se:

 

 

Erosão

 

A erosão é o aspecto mais visível da degradação, mas não cobre todos os seus aspectos. Refere-se às perdas de solo superficial e de nutrientes, principalmente por ação do escoamento superficial das águas de chuva.

 

Embora seja um processo natural em áreas de declive, pode ser potencializada por práticas agrícolas inadequadas ou pela ausência de medidas de controle. O problema é muito sério no Brasil, com perdas anuais de milhares de hectares, uma vez que a erosão inviabiliza o cultivo.

 

Assim, geralmente o solo cultivado é erodido pela falta de adoção de técnicas simples como o terraceamento e o plantio em curvas de nível. Com isso, as águas da chuva ficam livres para escoamento superficial “morro abaixo” nas regiões com maiores declives.

 

 

Esgotamento dos solos

 

Cada planta tem suas necessidades nutricionais específicas. Quando se cultiva uma mesma espécie vegetal em uma determinada área, os nutrientes mais requeridos por aquela cultura se esgotarão do solo mais rapidamente.

 

Para que isso não ocorra, a adubação é planejada para atender as necessidades anuais da cultura e das reservas existentes no solo. Por essa razão, as análises de solo são realizadas periodicamente, a fim de identificar as demandas e dimensioná-las.

 

O esgotamento do solo ocorre quando os componentes que contribuem para sua fertilidade são removidos pela cultura e não são adequadamente substituídos. A adoção de uma irrigação inadequada, por exemplo, também pode debilitar o solo.

 

 

Fatores químicos

 

Do ponto de vista químico, os solos podem se degradar em razão da indisponibilidade de nutrientes necessários ou pela presença de elementos que apresentam toxicidade para as plantas. Assim, esse tipo de dano se dá por falta ou por excesso de determinados elementos componentes do solo.

 

A degradação dos solos em razão desses fatores pode apresentar diversas origens. Dentre as práticas agrícolas, a calagem inadequada, a adubação incorreta e a irrigação feita de modo irregular, podem levar a desequilíbrios na composição química do solo.

 

A redução de nutrientes por causa da alcalinidade, da acidez ou de alagamentos é categorizada entre as principais razões da degradação da fertilidade do solo. Duas das principais causas são o acúmulo de sal e a lixiviação de nutrientes, o que corrompe a qualidade do solo.

 

 

Uso excessivo de defensivos e fertilizantes

 

O solo é o resultado da interação entre fatores físicos (a sua composição em areia silte e argila), químicos (os elementos químicos presentes) e biológicos (a microfauna e microflora do solo). Ações que interfiram no equilíbrio existente entre esses fatores podem degradar sua qualidade.

 

Assim, o uso excessivo ou impreciso de fertilizantes químicos desestabilizam o solo, sobretudo na sua disponibilidade de nutrientes para a planta. Desequilíbrios assim, podem levar ao excesso ou à carência de nutrientes, assim como liberar elementos tóxicos para a planta.

 

Do mesmo modo, a utilização indiscriminada de defensivos agrícolas pode destruir a biodiversidade do solo. Com isso, fungos e bactérias indispensáveis para disponibilizar certas defesas naturais ou nutrientes não estarão mais presentes.

 

 

Salinização

 

Algumas regiões, principalmente áridas e semiáridas, podem apresentar elevada taxa de evaporação da água do solo. A água das chuvas carrega minerais pela superfície, mas quando evapora, o solo vai ficando cada vez mais salinizado.

 

Embora seja um processo natural, pode ser profundamente agravado pela adoção de práticas agrícolas inadequadas. Assim, solos pulverizados por gradagens excessivas facilitam a dissolução de seu componentes minerais quando submetidos a irrigações irregulares.

 

Essas ações, quando intensificadas pelo calor, que promove grandes evaporações, tornam o solo com residual de sais cada vez mais concentrado. Estes processos de salinização se consolidam com a inviabilização do cultivo no respectivo solo.

 

 

Compactação

 

A compactação do solo é um processo de degradação exclusivamente decorrente de ações humanas. Na maioria das vezes, é resultado da passagem de máquinas agrícolas e veículos em determinadas faixas do solo.

 

O peso das máquinas vai gradativamente pressionando as camadas superiores do solo contra o subsolo, tornando-os cada vez mais compactos. A compactação dificulta as operações de preparo do solo, tornando-as mais caras.

 

Além disso, solos compactos representam obstáculo para o desenvolvimento das raízes de diversas espécies agrícolas. Ao mesmo tempo, impedem a percolação natural das águas entre as partículas do solo, aumentando o escoamento superficial com perdas da água de irrigação.

 

 

Como evitar esse problema?

 

A experiência e a ciência ensinam várias formas de evitar a degradação do solo ou corrigir seus efeitos. Entre elas, podemos destacar:

 

  • reduzir o desmatamento;
  • melhorar a qualidade da irrigação para reduzir a salinização;
  • implantar o plantio em nível;
  • adotar técnicas e ferramentas mais precisas de aplicação de fertilizantes;
  • aplicar a rotação de culturas e outras práticas de conservação, como evitar a aragem profunda.

 

A degradação do solo é um sério problema que afeta a produtividade rural e o meio ambiente. Tratar o solo e preservá-lo é uma responsabilidade de todos.

 

 

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